sábado, 28 de maio de 2011

Ninguém Se Conhece a Si Mesmo


Julga que se conhece, se não se construir de algum modo? E julga que eu posso conhecê-lo, se não o construir à minha maneira? E julga que me pode conhecer, se não me construir à sua maneira? Só podemos conhecer aquilo a que conseguimos dar forma. Mas que conhecimento pode ser esse? Não será essa forma a própria coisa? Sim, tanto para mim como para si; mas não da mesma maneira para mim e para si: isso é tão verdade que eu não me reconheço na forma que você me dá, nem você se reconhece na forma que eu lhe dou; e a mesma coisa não é igual para todos e mesmo para cada um de nós pode mudar constantemente. E, contudo, não há outra realidade fora desta, a não ser na forma momentânea que conseguimos dar a nós mesmos, aos outros e às coisas. A realidade que eu tenho para si está na forma que você me dá; mas é realidade para si, não é para mim. E, para mim mesmo, eu não tenho outra realidade senão na forma que consigo dar a mim próprio. Como? Construindo-me, precisamente. 

Luigi Pirandello, in "Um, Ninguém e Cem Mil"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Também é preciso parar para não reflectir!

Estranho o titulo deste post... acaba por parecer que vai ao desencontro da temática do blog... mas no fundo não! e passo a explicar porque.... normalmente o ser humano considera que a reflexão é um passo fundamental para a correcção de determinados erros, mudanças de atitudes ou posturas perante determinadas situações nas nossas vida de modo a reorientar-se e direccionar-se ao encontro de um melhor caminho para atingir determinadas etapas e ou objectivos numa conjuntura de bem estar pessoal e de realização pessoal seja  lá qual for a situação peculiar vivida em questão.... ora bem... mas o que acontece muitas vezes é que esse mesmo ser humano cai no erro de tentar arranjar digamos assim... uma explicação para tudo principalmente para os infortúnios  e ou situações mais ou menos inesperadas..talvez obstáculos ou  as tais "pedras no sapato" que dificultam certas caminhadas.. e nesse mesmo processo de tentativa de reflexão cai no erro de "EMPANCAR" porque no fundo existem determinadas respostas que por mais esforço que se faça não se atingem simplesmente porque o cérebro baseado em mecanismos de defesa emocional quer! o medo surge e surge o bloqueio... a reflexão torna-se inimiga do avanço... por isso é que muitas vezes deves dizer baixinho para ti mesmo: QUE SE LIXE... e ignorando seja la o que for... continuas o teu percurso.. e mais a frente ai sim vais encontrar a tua resposta..e se calhar até desvalorizas essa mesmo problema.. porque ele solucionar-se-á por si mesmo :). porque contrarias te todo aquele processo referido anteriormente... e aplicando moderamente e tranquilamente o QUE  SE LIXE... aceitas que faz parte pensar para parar e parar para pensar... mas também faz parte prosseguir como se nada fosse...
e tranquilamente chegamos lá ;)

porque um problema de hoje é um "problemazita" amanha.. e uma alegria de hoje mais alegria de amanha e depois e depois... é a chave da felicidade ;)

terça-feira, 24 de maio de 2011

"O mais infeliz dos homens é aquele que assim se julga”


  Não são os acontecimentos em si que fazem alguém ser feliz ou infeliz, mas a ideia que faz desses acontecimentos. Basta a gente observar e ouvir. Para os pessimistas ou tristes, os ventos gemem. Para os otimistas, os alegres, eles cantam. É uma questão de percepção, de postura mental, pessoal. Claro, pode-se errar, fracassar, até fazer asneiras, que ninguém é perfeito.
 É preciso levantar, reiniciar a luta, dar um novo rumo ao barco da existência. Esta precisa ter um objetivo. Ficar a chorar o leite derramado não te  leva a lugar nenhum. Por tudo isso percebe-se que é a mente que faz a felicidade ou a destrói, que constrói o sucesso ou cria a depressão. Enfim, é a mente que direciona a própria vida, o pensar positivo ou negativo da pessoa.

Porque felicidade e infelicidade decorrem de estados mentais ou de estado de espírito.



segunda-feira, 23 de maio de 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Durmo ou não? Passam juntas em minha alma.

Durmo ou não? Passam juntas em minha alma

Durmo ou não? Passam juntas em minha alma
Coisas da alma e da vida em confusão,
Nesta mistura atribulada e calma
Em que não sei se durmo ou não.

Sou dois seres e duas consciências
Como dois homens indo braço-dado.
Sonolento revolvo omnisciências,
Turbulentamente estagnado.

Mas, lento, vago, emerjo de meu dois.
Disperto. Enfim: sou um, na realidade.
Espreguiço-me. Estou bem... Porquê depois,
De quê, esta vaga saudade?


                    Fernando Pessoa

sexta-feira, 20 de maio de 2011

só assim se explica a não robotização do homem...

Não podemos crer em tudo... ser céptico pode ser e pode não ser problemático... mas devemos acreditar em algo? ou acreditamos e vivemos felizes nessa mesma crença ou desacreditamos e vivemos em busca de algo que nos faça acreditar...
parece fácil?
mas a "espécie" humana necessita de acreditar em algo... religiões.. energias... força da mente... budha... partilha... ciência... reiki... Deus... coincidências....amor...destino...karma...vidas extraterrestes....  seja lá  o que for....ia-me cansar de enumerar exemplos... uns mais ou menos ridículos dependendo do leitor...

até porque reparem! :  não acreditar em nada é? : acreditar que nada existe...e isso não deixa de ser acreditar... se para uns é um vazio para outros é suficientemente "suficiente"! por muita que a crença da descrença possa parecer inválida... ora concluindo todos acreditamos em algo mesmo aqueles que não tem noção disso ou fingem não ter... e lutamos por acreditar em algo  mais que nos faça sentir melhor...
só assim se explica a não "robotização" do homem...e assim se perpetuam momentos de felicidade...ACREDITANDO seja lá no que for ;)

ps:. e uma crença hoje é uma descrença amanha e vice versa ;)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

As Minhas AnsiedadesAs minhas ansiedades caem 
Por uma escada abaixo. 
Os meus desejos balouçam-se 
Em meio de um jardim vertical. 

Na Múmia a posição é absolutamente exata. 

Música longínqua, 
Música excessivamente longínqua, 
Para que a Vida passe 
E colher esqueça aos gestos. 

Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'


quarta-feira, 11 de maio de 2011

"deixa me estar no meu mundo"

O nosso mundo!.... "deixa me estar no meu mundo"... é uma frase frequentemente proferida por nós... realça e revela a necessidade que o ser humano tem em fugir levemente do mundo real e mergulhar um pouco no seu imaginário... alguns chamam-lhe fantasiar... recolher as hostes... ou até mesmo medo de enfrentar a "crueldade" da realidade real... então o "nosso mundo" é sempre um cantinho tanto ao quanto reconfortante como um espaço único bem definido, sem fronteiras e ao mesmo tempo muito bem delimitado pela crença de um mundo um pouco mais perfeito se é que isso existe, do que aquele que estamos habituados... é nesse "nosso mundo" que nos obtemos respostas... e é nele que nos reconfortamos... que divagamos... que ouvimos o eco da nossa própria voz.... no nosso mundo não entra o stress do quotidiano..as preocupações... as angústias ficam do lado de fora do lado de lá... os conflitos minimizam... o nosso mundo é quase tão ou mais reconfortante que a nossa almofada....
é um retiro espiritual... de livre acesso e de fácil acesso... no nosso mundo a chave está sempre na nossa posse entramos e saímos quando queremos... e a passagem fica barrada a quem não queremos... é simplesmente nosso....
mas acima de tudo é importante fazer a transposição e a comunicação entre o nosso mundo e o mundo real.... ambos se dissociam.. podem não ter nada a ver... mas é fundamental complementarem-se... só assim tornas o "mundo real" num mundo melhor ;) e o teu mundo fica mais perfeito...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

"Querer é poder"

"Querer é poder"
Querer muito- é poder ainda mais!
Querer pouco
è prós demais...


Querer tudo
è muita ambição...é um risco...
mas....Querer pouco 
è frustação!

E arriscar...e querer.... é  simplesmente um dom de quem sabe viver! porque querer é poder....

Pedro S.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

"daria tudo o que sei em troca da metade do que ignoro"

words...sometimes are just more words.....

hoje...escrevo por escrever.. em busca de pensamentos férteis... reconheço (hoje, pois não quero perpetuar e daí o reforço da  palavra hoje)  uma certa dificuldade em rebusca los... insisto... e quanto mais insisto... mais me deparo com uma dificuldade ainda maior... extrema...
mas ao mesmo tempo... acredito sempre ...mas alguma coisa reprime a capacidade criativa de escrita... o desinteresse... a falta de motivação... ou simplesmente uma noite mal dormida.... pensar muito não é sadio....
ser perfeito implica imperfeição.... e hoje por mais desarticulado incoerente ou ate desinteressante que seja o  o meu discurso... é o que é! n interessa as causas... nem sequer fragmentar as peças em busca de um motivo... interessa me sim minimizar... o uso das palavras..... porque pensar é bom (ás vezes) ao contrario do que disse antes.... mas dizer o que se pensa pode ser mau ou ainda pior...
pause...

mas no fundo não tem nada a ver.... porque não..basta?